Critérios para ser mais assertivo na sua próxima escolha profissional

Procuro sempre de deixar claro para os meus clientes, e mesmo em conversas informais com meus amigos e conhecidos, que a chance de sermos assertivos em nossa primeira escolha profissional é baixa. Pensem bem: escolhemos nossa profissão com 16 ou 17 anos, uma época em que além de ainda não termos nossas personalidades formadas, ainda temos pouquíssima vivência, no sentido de bagagem e experiência de vida. Nessa fase, nossos interesses são outros e pouco (ou nada) sabemos sobre nossas habilidades, até porque, em muitos casos, essas habilidades nem sequer desabrocharam em nós. Costumamos utilizar critérios tais como: qual matéria da escola eu tenho facilidade ou gosto mais, qual profissão dá mais dinheiro ou mesmo qual profissão faria com que meus pais se sentissem orgulhosos. Não preciso dizer que esses critérios muitas vezes (para não dizer a maioria das vezes) acabam sendo nos levando a escolhas pouco assertivas.

Portanto, primeiramente, NÃO SE CULPE!

Antes de começar com os critérios, algumas reflexões se tornam importantes, vamos lá:

  • Que tipo de vida você quer para você?
  • Qual a sua rotina ideal?
  • Qual o seu objetivo de vida?
  • Como você gostaria de estar num prazo de 1 ano? Se você conseguir projetar além, e no prazo de 2 anos?

Lembrando que temos nossas mentes livres para imaginar, desejar e projetar, mas que conforme vamos vivendo, a vida vai mudando, nós vamos mudando, portanto, é ilusão pensar que sairá tudo exatamente do modo como foi planejado. O que também não tira a importância fundamental que é pensarmos sobre essas questões citadas acima, pois são essas respostas que nos dão um norte sobre para onde devemos ir, e dessa forma evitamos entrar no modo “deixa a vida me levar”.

Mesmo com todos os desafios inerentes à fase adulta, é nela também se concentra uma grande vantagem: a oportunidade de fazer ESCOLHAS que até então não eram possíveis. Até porque, com a pouca idade, ainda não temos a clareza a respeito da “vida que queremos”, por todos os aspectos acima comentados (que se resumem a falta de vivência e de autoconhecimento). No início de nossas carreiras a preocupação é ser aprovado na faculdade, conseguir um estágio (sem poder se dar “ao luxo” de escolher, o melhor estágio é aquele que nos contrata, não é mesmo?), em seguida, a mesma lógica serve para o e primeiro emprego, e assim segue por longos anos até que finalmente podemos nos dar “ao luxo” de nos perguntarmos: será que estou feliz? Que tipo de vida eu quero para mim? Nesse momento, já na vida adulta já temos condições de nos pautarmos em critérios melhores e que nos darão muito mais condições de tomarmos uma próxima decisão mais assertiva. Vamos aos critérios?

  • Atividades: que tipos de atividades você gostaria de fazer no trabalho? Quais atividades você faz bem e gosta de fazer?
  • Objetos e conteúdo: que tipo de tema/assunto realmente te interessa?
  • Rotina: qual o seu horário ideal? Em que período(s) do dia? Trabalho presencial ou remoto? Prefere uma rotina mais flexível ou mais engessada?
  • Retorno: que tipo de retorno você espera do seu trabalho? Promoções? Autossatisfação? Reconhecimento? Sucesso? E em termos financeiros?
  • Ambiente: qual o ambiente de trabalho ideal para você?

Responder a essas perguntas vai aumentar (e muito) sua percepção sobre você mesmo, sobre suas predileções e necessidades. Além disso, vai diminuir muito a chance de erro na sua nova escolha de carreira. Faça sua reflexão, pegue um papel e uma caneta (ou o seu computador) e comece agora! Escolher a vida que você quer para você NÃO É PEDIR DEMAIS. Vamos?

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